terça-feira, 24 de julho de 2018

Lavrinhas, no Vale do Paraíba, esconde cachoeira e poços com águas cristalinas



Quem percorre a Rodovia Presidente Dutra entre São Paulo e Rio de Janeiro não imagina que em meio às grandes e desenvolvidas cidades do Vale do Paraíba uma pequena cidade de cerca de 7 mil habitantes esconde cachoeira e poços com águas cristalinas. Lavrinhas é a penúltima cidade da Dutra antes de se entrar no estado do Rio de Janeiro. O bairro onde ficam as paisagens exuberantes do Rio do Braço é a Capela do Jacu.

Depois de ver tantas fotos bonitas do local, a família São Paulo Interior foi conhecer o município, que fica a cerca de 3 horas da Capital. Ficamos hospedados na linda e hospitaleira pousada Poço Azul, que é a mais estruturada da pequena cidade e com preço que cabe no bolso. Tem piscina, quartos com frigobar e restaurante. Como a cidade é pequena e o bairro, rural, isso é um grande diferencial na hora do almoço ou do jantar.





O café da manhã é simples, mas já incluso na diária. O ambiente é acolhedor e tranquilo para descanso. O bacana é que a pousada fica perto da Cachoeira da Pedreira, um lugar com uma beleza divina, água cristalina e de tons azul e verde.


Para chegar a essa cachoeira, é preciso encostar o carro na estrada ou estacionar em um bar que fica bem em frente à trilha, o Rancho do Zé Neto. Como esse bar não cobra o estacionamento, é legal você consumir algo por lá. Pode ser uma água, um refrigerante ou uma cerveja gelada.

Para percorrer a trilha, levamos cerca de 15 minutos. Mas atenção! A cachoeira não tem estrutura para turistas, logo é preciso ter responsabilidade para não correr risco de afogamento ou queda. O mesmo pode se dizer da trilha, que possui descidas e subidas. A Maria tem 8 anos e foi tranquilamente, mas idosos com problemas de locomoção podem sentir dificuldades.


A cachoeira e os poços que ficam próximos a ela parecem cenários de filmes. Tudo muito lindo. Para maior segurança, é melhor entrar com tênis, já que as pedras são bem escorregadias. E claro: jamais pule na água, pois você pode se machucar.




Além da cachoeira, visitamos dois balneários na cidade, que também ficam ali perto da pousada Poço Azul: o Rancho do Zé João e o  Rancho do Carlos Lopes. São lugares com a mesma água cristalina só que em piscinas naturais, sem as pedras escorregadias. Uma delícia para passar algumas horas, se banhar e comer. A entrada nos balneários é cobrada e o valor varia de acordo com o mês. O São Paulo Interior não pagou para entrar, porque quem se hospeda na pousada Poço Azul ganha pulseirinha que libera o acesso a esses dois ranchos. Então vale a pena!

No Rancho do Carlos Lopes também tem pedalinho

A paisagem de Lavrinhas é de tirar o fôlego! Altas montanhas que até parecem de mentira. Da porta do nosso quarto, na pousada, já nos deparávamos com a maravilhosa Serra da Mantiqueira e o Pico Agudo. Uma curiosidade é que naquela região de Lavrinhas fica o ponto mais alto do estado: a Pedra da Mina.


Depois de conhecer Lavrinhas, demos uma esticadinha na nossa viagem para Cruzeiro, cidade vizinha. Fomos até lá porque precisávamos abastecer o carro (atenção que em Lavrinhas não há postos de combustíveis!) e aproveitamos para conhecer o município que é considerado a Capital da Revolução Constitucionalista de 1932. Por lá visitamos o Mirante do Embaú e o Túnel da Mantiqueira, um dos principais palcos da revolução. É um túnel ferroviário que foi área de combate entre paulistas e mineiros. Ele tem 997 metros de extensão e o acesso é feito por uma trilha logo abaixo do Mirante. É uma experiência histórica incrível.


Infelizmente, as duas cidades não estão preparadas para o turismo, então todos os nossos passeios foram feitos com pesquisa. Com o nosso relato, vocês podem ir conhecer tranquilamente esses locais. Anotem as dicas porque você não verá placas de sinalização nos pontos turísticos. É um passeio que vale a pena!

Quer ver mais? Assista no vídeo abaixo os stories que gravamos para o Instagram do São Paulo Interior (@saopaulointerior) lá:



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